Certamente você já deve ter
ouvido que os motores dos carros atuais não exigem mais o
"amaciamento". Pois essa é mais uma daquelas notícias falsas que
escutamos por aí a respeito de manutenção automotiva. Não só essa
etapa ainda é necessária como ela ainda consta no manual dos
veículos.
O "amaciamento" é
importante para garantir o ajuste correto das peças móveis do motor.
Cada fabricante define regras diferentes para essa fase,
incluindo a quilometragem para essa prática. Um exemplo é a Renault.
No manual do Sandero, a marca destaca que até os 1.000 quilômetros não
se deve ultrapassar os 130 km/h. Já a Volkswagen orienta, no
manual do Gol, que o condutor evite trafegar levando um reboque
nos primeiros 1.500 quilômetros.
Isso não vale apenas para
os modelos populares. A mesma recomendação de pegar leve na direção está
presente também no manual de carros esportivos de alto desempenho como
o Mercedes-AMG GT e Ford Mustang.
Apesar dessa variação nas
determinações, a regra geral para o amaciamento do motor é realmente
poupar o conjunto nos primeiros quilômetros do automóvel. Isso
inclui evitar acelerações bruscas ou rodar por períodos longos
em rotações muito altas ou muito baixas (ou seja, com o carro pedindo
uma marcha mais alta ou mais baixa).
Também não se deve andar com o
carro muito carregado, já que isso inevitavelmente irá aumentar a carga
de trabalho do propulsor. Vale ressaltar ainda que, nessa fase de "amaciamento",
é natural que o carro apresente desempenho limitado e um consumo
de combustível mais alto que o indicado oficialmente. É o chamado "motor
preso" - algo absolutamente normal.
E se eu não fizer o
"amaciamento"?
Não cumprir a etapa de "amaciamento"
não irá resultar em danos imediatos ao motor. O problema é que o conjunto
ficará prejudicado pelo restante de sua vida útil. Na comparação com um
propulsor que passou corretamente pela fase de ajuste, o "não
amaciado" certamente terá um rendimento pior em termos de desempenho, consumos
de combustível e de lubrificante mais elevados e até uma durabilidade
menor.
(54) 99990-4432