Os
fabricantes de automóveis estão cada vez mais empenhados no desenvolvimento de
veículos eletrificados - carro híbrido ou elétrico - para ficarem cada vez
menos dependentes dos combustíveis fósseis. E esse movimento ganha cada vez
mais adeptos, a ponto de algumas montadoras anunciarem que deixarão de investir
em motores a combustão a partir dos próximos anos.
Mas
quando se fala em modelos que utilizam a eletricidade como fonte de propulsão,
é comum muita gente confundir o carro híbrido com o elétrico. Mas afinal, você
sabe quais são as diferenças entre os dois sistemas e as vantagens e
desvantagens de cada um deles?
Diferença
entre o carro elétrico e o híbrido
Como
o próprio nome já diz, o elétrico é movido apenas pela eletricidade. Esse tipo
de veículo pode ter um ou mais motores, que dependem da energia armazenada em
baterias (geralmente feitas de íons de lítio) para funcionar.
Já
o híbrido combina o motor elétrico a outro a combustão. Uma central eletrônica
gerencia qual deles será utilizado para tracionar as rodas. De acordo com a
condição de uso, o carro híbrido pode rodar apenas com eletricidade para
economizar combustível. Quando é necessário entregar mais desempenho, o veículo
pode tanto funcionar apenas com a unidade a combustão como combinar os dois
motores para gerar mais potência.
Tipos
de carros híbridos
Embora
o conceito dos carros híbridos tenha como finalidade combinar as propulsões
elétrica e a combustão, existem dois diferentes tipos de concepção para esses
veículos.
O
primeiro e mais comum deles é o HEV (Hybrid Electric Vehicle –
Veículo Híbrido Elétrico), presente nos modelos Toyota Corolla Hybrid, Prius e no recém lançado Toyota
Corolla Cross Hybrid por
exemplo. Esses carros contam com sistemas de propulsão complementares
(combustão + elétrico).
São
modelos que não são recarregados na rede elétrica, mas por meio dos freios
regenerativos, que aproveitam a energia cinética gerada nas frenagens para
alimentar as baterias. A tração pode ser unicamente elétrica, somente a
combustão ou combinada para atingir a maior eficiência (no uso urbano, o
consumo de combustível pode superar os 20 km/l).
A
outra variante de veículos híbridos é a PHEV (Plug-in Hybrid
Vehicle). O funcionamento é semelhante ao dos modelos HEV, com a vantagem de
que podem ser recarregados também na rede elétrica. O Volkswagen Golf GTE e Volvo XC60 T8 Hybrid são alguns exemplos à venda no Brasil.
Tipos
de carros elétricos
Assim
como os híbridos, os carros elétricos também possuem duas diferentes concepções
técnicas no que diz respeito à geração de energia. A grande maioria dos
veículos de propulsão exclusivamente a eletricidade é do tipo BEV (Battery
Electric Vehicle).
Esses
modelos dependem de recargas na rede (feitas com recarregadores específicos ou
até mesmo em tomadas comuns) para abastecer baterias de grande capacidade.
Exemplos: Audi e-tron, Chevrolet
Bolt, Chery Arrizo
5e, JAC iEV40, Renault Zoe e todos os modelos da Tesla.
Há
ainda os veículos elétricos a célula de combustível, os FCEV (Fuel-cell
Electric Vehicle). Esses carros não possuem baterias de grande capacidade como
os BEV, mas uma célula de combustível alimentada por hidrogênio (ou bioetanol),
que gera eletricidade para os motores elétricos. O subproduto formado por essa
reação química é a água.
No
Brasil ainda não há modelos a célula de combustível à venda, mas os Honda
Clarity e Toyota Mirai já são comercializados nos Estados Unidos, Europa e
Japão há alguns anos.
Vantagens
e desvantagens do carro híbrido
Por
possuir um motor a combustão como gerador de eletricidade para as baterias, os
híbridos não precisam ser recarregados em tomadas para funcionar. Além disso,
têm manutenção parecida com a de um modelo movido apenas a combustão.
No
uso urbano, os híbridos são mais ágeis devido ao elevado torque (força) do
motor elétrico, que traciona o veículo em baixas velocidades.
Como
as baterias são recarregadas nas frenagens, os híbridos têm mais autonomia na
cidade do que na estrada, quando comparado a um carro a combustão.
Apesar
de a emissão de gases poluentes ser menor que a dos carros movidos apenas a
combustão, nos híbridos ainda está presente.
Vantagens
e desvantagens do carro elétrico
A
principal vantagem é não emitir poluentes durante o seu uso, além do silêncio a
bordo, uma vez que o motor elétrico praticamente não gera ruídos.
O
desempenho dos carros elétricos na cidade é bastante satisfatório devido ao
elevado torque dos seus motores, que proporcionam maior agilidade na condução.
Ao
contrário do que a maioria das pessoas imagina, a manutenção dos elétricos é
mais simples e barata que a dos carros a combustão. Esses modelos não dependem
de uma série de componentes, essenciais nos veículos comuns, como embreagens,
transmissão, correias, sistema de arrefecimento e injeção de combustível, além
de óleo lubrificante do motor.
As
desvantagens são a falta de infraestrutura adequada na maioria das cidades
brasileiras. Os pontos de recarga ainda estão restritos a poucos locais dentro
das capitais. Outro ponto negativo é o tempo de recarga, que pode levar entre
seis e 12 horas, de acordo com o nível de energia nas baterias e tipo de
instalação elétrica.
O
uso dos elétricos em viagens ainda é um tanto limitado, pois a autonomia das
baterias cai consideravelmente durante aceleração constante para manter
velocidades elevadas. Soma-se a isso a escassez de pontos de recarga nas
rodovias brasileiras.
Vale
lembrar também que as baterias têm prazo de validade (oito a dez anos, em
média). E o descarte desses componentes pode trazer prejuízos ao meio ambiente
se não for feito de maneira correta.
VIA:
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