Os amortecedores não são componentes que comumente
exigem manutenção constante. São peças integradas do sistema de suspensão com
alta resistência e durabilidade. Talvez por isso, na hora de trocá-los, os
proprietários podem se espantar com os valores elevados na reposição. Para
tentar amenizar esse custo, alguns donos de veículos recorrem ao
recondicionamento dos amortecedores. Mas a tática realmente vale a pena?
Amortecedor:
quando trocar
Os amortecedores não são itens com
data de validade definida. Porém, são constantemente verificados nas revisões
periódicas programadas pelo manual do proprietário de seu carro. O intervalo de
trocas pode ser definido por um período de tempo, quilometragem ou sinais
visíveis de desgaste. Nesse momento, o melhor indicador da hora correta de se
trocar os amortecedores está em seu manual do proprietário do veículo.
Amortecedores:
sinais de que os seus estão ruins
A principal função dos amortecedores
é estabilizar o movimento das rodas ao passar por buracos e ondulações após as
molas terem absorvido e retornado o impacto. Sem eles, as rodas ficariam
pulando após cair em um buraco, pois a mola absorve retorna a força do impacto
várias vezes antes de voltar ao normal, como acontece em carroças. Com os
amortecedores, tal movimento é mais suave e a roda para de pular mais rápido,
garantindo que as rodas permaneçam em contato com o asfalto.
Quando os amortecedores começam a
ficarem ruins, um dos primeiros sinais visíveis é o maior rolamento da
carroceria em mudanças de direção, uma vez que perderam o poder de absorção. Em
casos mais extremos é possível ver as rodas pulando várias vezes após passar em
buracos e você provavelmente já viu algum carro na rua com esse sintoma.
Vazamentos visíveis de fluídos vindos do amortecedor também indicam que passou
da hora de trocá-los.
Recondicionamento
de amortecedores: o que é feito?
A base de um amortecedor
recondicionado é uma peça usada, que é então reformada. “Em geral, esses itens
são lavados e repintados, com o uso de um fluido interno diferente do
especificado. Por isso, eles não atendem às especificações exigidas pelas
fabricantes de veículos. Além disso, são peças que já apresentam desgaste, com
um desempenho bem inferior ao de um amortecedor novo, o que pode levar a acidentes
gravíssimos”, comenta Juliano Caretta, Supervisor de Treinamento Técnico da
Tenneco, empresa responsável pela fabricante de amortecedores Monroe.
“Além do óleo fora da especificação,
os amortecedores recondicionados não têm a substituição das peças internas
desgastadas. As mudanças são visuais, como uma "maquiagem", com
limpeza e pintura do exterior”, informa Caretta.
Riscos de usar amortecedor recondicionado em seu carro
Entre os riscos apontados pelo especialista da Tenneco estão: aumento da distância de frenagem, desgaste prematuro dos pneus, trepidações, balanço excessivo em freadas e arrancadas, aquaplanagem e danos a diversas peças da suspensão, como coxins e buchas. Pode ocorrer ainda o travamento dos amortecedores, impedindo que o motorista controle o carro corretamente, seja em linha reta ou em uma curva.
Via: iCarros